Justiça determina suspensão da greve dos professores
Em assembleia realizada na tarde de ontem, no Ginásio Aécio de Borba, no bairro Benfica, os professores da rede estadual de ensino decidiram dar continuidade à greve, mesmo com a determinação judicial para que a categoria volte às salas de aula. O encontro contou com a presença de profissionais de 60 municípios cearenses e foi realizado com o objetivo de avaliar a proposta do governador Cid Gomes, de só negociar com a suspensão da greve.
Conforme a liminar do desembargador Emanuel Leite Albuquerque, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, os professores devem retornar às atividades, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento.
O advogado do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Fabiano Lima, afirma que a presidência da organização ainda não foi notificada sobre a determinação judicial, mas promete recorrer da decisão assim que for citada. Para ele, o governador não provou os fatos que alegou no processo, como a não comprovação de que 1/3 dos professores do Estado haviam aderido a greve e que a paralisação não havia sido comunicada aos pais dos alunos.
"Quando formos citados, vamos provar que comunicamos a toda a sociedade que os professores iriam entrar em greve. A liminar sobre a suspensão da paralisação foi concedida sem nós termos a oportunidade de defesa", declara Fabiano Lima.
Apoio
Além dos professores, vários alunos participaram da manifestação. A estudante Ingrid Monteiro, 15, da Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra, por exemplo, apoia a greve e diz que, na escola em que estuda, as aulas continuam para os alunos do terceiro ano. "O ritmo não é o mesmo, mas é uma forma de tentar preparar os estudantes para o Enem", comenta.
Uma outra assembleia deve acontecer na próxima sexta-feira, às 15 horas, novamente no Ginásio Aécio de Borba.
Por Diário do Nordeste
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